terça-feira, 24 de novembro de 2009

SQUAMATA - LAGARTOS (238 Espécies Brasileiras)

Família Iguanidae (1 espécie)

Família Hoplocercidae (3 espécies)

Família Polychrotidae (17 espécies)

Família Leiosauridae (14 espécies)

Família Liolaemidae (3 espécies)

Família Tropiduridae (35 espécies)

Família Gekkonidae (6 espécies)

Família Phyllodactylidae (12 espécies)

Família Sphaerodactylidae (16 espécies)

Família Anguidae (5 espécies)

Família Teiidae (31 espécies)

Família Gymnophthalmidae (81 espécies)

Família Scincidae (14 espécies)


Hospedeiros para uma variedade de parasitas intraeritrocitários, incluindo protistas, procariontes e vírus, os lagartos ainda são um tanto complexos, por não apresentarem interesse econômico, os estudos ainda estão bem deficientes, fazendo com que não haja parâmetros para compreensão total dos exames, já que uma simples captura pode gerar um falso resultado clínico, por exemplo: a contenção química, conta com a utilização de tranqüilizantes e anestésicos gerais, o que acaba gerando um relaxamento esplênico, consequentemente sequestro de eritrócitos fazendo parecer que o animal sadio encontre-se anêmico.






O sistema imunológico dos répteis é constituído pelas seguintes células:



· Eritrócitos

· Leucócitos

· Azurófilos

Azurófilo em extensão de sangue periférico de Iguana iguana


· Trombócitos


A pesquisa de parasitas em animais silvestres in situ é uma ferramenta para o estudo sanitário de uma população e da qualidade do ambiente podendo assim compreender determinadas relações entre os parasito-hospedeiro e o meio ambiente em que vivem. Dentre as doenças infectoparasitárias que podem ser
diagnosticadas por meio de exames hematológicos estão as hemoparasitoses. No sangue de animais selvagens, podem ser encontradas várias espécies de
parasitas. Entretanto, devemos atentar para relação parasita-hospedeiro, o estresse, entre outros fatores, antes de considerar a patogenicidade destes agentes. Nos biomas preservados, parasitas estabelecem uma relação com seus hospedeiros, no entanto, a interferência humana prejudica o bioma e conseqüentemente os animais. A destruição e modificação dos diferentes habitats naturais vêm acarretando em emergência e reemergência de doenças infectoparasitárias.

Em geral, os hemoparasitas necessitam de um vetor mecânico para sua transmissão como mosquitos, moscas, carrapatos e ácaros hematófagos. Estes vetores são considerados hospedeiros definitivos e intermediários de diversas doenças.

Os protozoários hemoparasitas representam grande importância para a medicina de répteis. Os mais comuns são as hemogregarias (Hemogregarina, Hepatozoon e Karyolysus), trypanosomas e o Plasmodium. Menos comuns são a Leishimais, Saurocytozoon, Hemoproteus, Schellackia e os piroplasmídeos. Microfilárias também são achados comuns em esfregaços sanguíneos de répteis, apesar de lacunas sobre a fisiopatologia, epidemiologia e manifestações clínicas associadas a estas enfermidades. Os parasitas também são encontrados em órgãos como pulmão, fígado, pâncreas e baço.

Uma das doenças que podem acometer os Lagartos e os outros répteis:


Salmonelose


A salmonelose é uma doença infecciosa que contagia o homem e animais domésticos e selvagens no mundo inteiro.


O agente etiológico se caracteriza por ser um bacilo Gram-negativo, normalmente flagelado e com característica de não formar esporo. O gênero é Salmonella com duas espécies atualmente conhecidas: Salmonella bongori e a Salmonella enterica, sendo essas duas espécies divididas em subespécies que são novamente divididas em sorotipos de acordo com a combinação de seus antígenos de superfície.




Bacilo da Salmonella enterica subsp. enterica sorotipo Enteridis



Os répteis são considerados os principais reservatórios de Salmonella spp., presentes na microbiota normal do trato gastrointestinal. A principal forma de contaminação por esse bacilo é oral-fecal, mas pode haver contaminação em contato com ovo no solo ou pelo contato com a cloaca contaminada.
Por se tratarem de portadores assintomáticos da doença, os répteis são uma importante fonte de infecção, e o stress, problemas de manejo, alimentação inadequada, espaço restrito e desidratação estão intimamente relacionados com o desenvolvimento da doença.


Principais sintomas nos répteis:

- Diarréia;


- Anorexia;


- Perda de peso;


- Letargia;


- Choque hipovolêmico;


- Morte.




Principais sintomas no homem:

- Dor abdominal;


- Diarréia;


- Cólica;

- Náusea;

- Febre;

- Vômito.


O tratamento é polemico, pois é freqüente a resistência de antimicrobianos e, além disso, o tratamento pode apenas suprimir a excreção da bactéria e não eliminá-la do animal. As drogas as quais as salmonelas apresentam menor percentual de resistência são:

- Quinolonas;
- Cefalosporinas;
- Gentamicina;
- Ampicila associada a inibidor da beta-lactamase.


Crianças, idosos e imunossuprimidos estão mais susceptíveis a infecção. Alguns cuidados devem ser tomados para diminuir o risco de transmissão da bactéria como lavar as mãos após a manipulação com os animais e mantê-los em boas condições para diminuir o risco de stress e conseqüentemente a eliminação de bactérias no meio ambiente.

Microbiota oral de lagartos do gênero Diplolaemus

Os lagartos do gênero Diplolaemus estão distribuídos por toda a parte da Patagônia, Argentina e região meridional do Chile. Seu gênero compreende três espécies (Diplolaemus darwini, Diplolaemus bibroni e Diplolaemus leopardinus) e duas formas que ainda não foram reconhecidas como espécies, e são consideradas como híbridos das espécies D. darwini e D. bibroni.








Existe a crença de que esses animais sejam venenosos e que sua mordida pode ocasionar abcessos e inflamações, porém estudos mostraram que não há glândulas de veneno presentes nesses animais.


Após estudos utilizando-se técnicas microbiológicas foi possível identificar 4 espécies diferentes de bactérias que são da microbiota normal desses lagartos, e a interação desses agentes infecciosos com a mordida do lagarto é o que causa as inflamações e abscesso no corpo das presas desses animais.As espécies de bactérias encontradas na microbiota oral desses lagartos foram:

- Staphylococus warneri;
- Clostridium bifermentans;

- Clostridium perfringens;

- Stomatococus muscilaginosus.


Essas bactérias encontradas estão associadas a um grande número de infecções humanas e animais.









Dentro da família Teiidae, os cromossomos do gênero Cnemidophorus e Ameiva são bastante diversos. O gênero Cnemidophorus contém 32 espécies com variedade numérica e estrutural de cariótipos, com número de cromossomos variando de 46 a 52 para espécies diplóides, 69 a 71 para espécies triplóides e 92 em espécies tetraplóides. A variação do cariótipo nesse gênero mostra que podem ocorrer fusões ou fissões cêntricas e inversões pericêntricas.

Os mecanismos para determinação do sexo em lagartos ainda não é completamente entendida. A evolução do cromossomo sexual em lagartos é considerada relativamente recente, e dados de uma determinada família sugerem que os lagartos possuem múltiplas origens. O mecanismo cromossômico para a determinação do sexo no gênero Cnemidophorus é XX:XY.

O cariótipo de uma população de C. littoralis da área de restinga de Barra de Maricá, no estado do Rio de Janeiro, já foi descrita. O cariótipo masculino de C. littoralis mostrou um número diplóide de cromossomos (2n=46), com 24 macro-cromossomos e 22 micro-cromossomos. O sexto par de cromossomos é heteromórfico, o que sugere a ocorrência do cromossomo sexual XY, sendo X maior e submetacêntrico e Y menor e telocêntrico. Dessa forma foi possível descrever pela primeira vez a presença de um mecanismo de determinação cromossômica para o gênero Cnemidophorus do Sudeste do Brasil.

É importante salientar que apenas nos lagartos da espécie C.littoralis foi possível localizar os cromossomos sexuais, indicando que eles poderiam mostrar um grupo que sofreu uma rápida diferenciação, e por isso apresentam espécies masculinas e femininas.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. encontrei um lagarto no meu quintal quero saber oque ele come entre em contato o mas depressa possível ou ele vai morrer de fome atenciosamente Marcelo meu Email do msn :celoale_@hotmail.com

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